[Crítica] Assassin's Creed

Assassin’s Creed originalmente é uma franquia de jogos de video-game multi plataforma criada pela Ubisoft que começou com a intenção de ser um spin off da série de games Prince of Persia e acabou tornando-se uma série independente, atualmente com nove jogos principais e alguns secundários.

A história de ação e aventura retrata a rivalidade centenária entre Templários e Assassinos e mostra os acontecimentos de época e atuais. Desmond Miles é um jovem que explora as memórias de seus ancestrais Assassinos com a ajuda do Animus, uma máquina que torna isso possível através da memória genética. Essa é a história básica dos jogos.

Para o filme, a Ubisoft preferiu criar uma história nova e deixar que a cronologia do game e do cinema corram sem interferir uma com a outra. A história base é a mesma, mas no lugar de Desmond, temos Callum Lynch (Michael Fassbender – Magneto em “X-Men: Primeira Classe“, “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” e “X-Men: Apocalipse“), cujo antepassado é Aguilar de Nerha (também interpretado por Fassbender com lentes de contato castanhas), Assassino espanhol que viveu na Espanha do século XV. Ao ser obrigado a usar o Animus pela organização cujos donos são os Templários, acaba caindo no meio da guerra entre as duas facções para encontrar o artefato Maçã do Éden, escondido pelos Assassinos há centenas de anos. Os Templários querem o artefato para, supostamente, erradicar a violência da humanidade.

Se você procura uma história de mocinho e vilão, não irá encontrar nesse filme. O diretor Justin Kurzel (Macbeth: Ambição e Guerra) não quis mostrar ninguém como do bem ou do mal, pois ambas as ideologias podem ser corrompidas e não estão de todo erradas ou certas. E podem ser extremas, no caso de anarquia para os Assassinos e controle para os Templários. Da mesma maneira, Kurzel não quis transformá-lo em filme de super herói. Ele quis mostrar o que é ser humano através de efeitos práticos e parkour, com o mínimo possível de efeitos especiais computadorizados. Inclusive, Fassbender e Ariane Labed (Black Mirror), que interpretou a Assassina Maria, fizeram 95% das cenas de ação do filme. A cena do icônico Salto da Fé também foi feita por um dublê, que saltou de uma altura de 38 metros e foi a maior queda livre feita por dublê em 35 anos.

Porém, tudo isso não faz Assassin’s Creed prender sua atenção do começo ao fim. É um filme divertido, mas um tanto quanto previsível e linear, sem se aprofundar na dramaticidade. Se você jogou ou viu game play dos jogos, terá uma ótima noção do que irá acontecer. Também superficial é a história entre Assassinos e Templários. A obra não explora as motivações dos personagens, nem mesmo do protagonista Callum Lynch, que parece apenas nadar a favor da maré. A exceção fica para a personagem Sofia (Marion Cotillard – “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge“), a criadora do Animus, cuja motivação e ações vão mudando durante o filme. Apesar de tudo, o filme segura-se firme na mitologia criada para os jogos e o visual criado para a Espanha do século XV é deslumbrante, assim como o figurino, sendo as roupas dos Assassinos todas feitas a mão. O fato de ter se esforçado para usar o mínimo possível de computação gráfica é um ponto positivo, em minha opinião. Ainda assim, o custo do filme foi de cerca de 125 milhões de dólares, mas até a presente data, não conseguiu superar o número na bilheteria estadunidense (eestreou no exterior no dia 21 de dezembro, data do apocalipse no jogo). O longa foi filmado em Malta e é co-produção do Reino Unido, França, Hong Kong e Estados Unidos.

Estreia no Brasil no dia 12 de janeiro de 2017.
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[BÔNUS]

No clima desta grande produção para as telonas queremos aproveitar para mostrar os belos cosplays de um grande amigo que ARRASA! Raphael Hiroti acompanha a saga desde 2009 e é um dos melhores cosplayer de Assassin’s do mundo! É impossível pensar em “AC” e não lembrar do Rapha, cada detalhe é simplesmente incrível.