Em 06/03/1993 fomos apresentados pela primeira vez ao personagem Broly no OVA “Dragon Ball Z Broly: O Lendário Super Saiyajin”, conquistando milhares de fãs pelo mundo, fazendo participações em outros OVAs e jogos da série, porém ele nunca fez parte do enredo oficial de Dragon Ball até o lançamento desse longa de 2019.

Para conseguir recriar Broly de uma forma canônica à atual série Super, o roteiro investe metade o filme para recontar e adicionar mais detalhes aos acontecimentos da destruição do planeta Vegeta e da extinção de quase toda a raça Saiyajin, mostrando momentos desde que era um recém-nascido, até sua chegada na Terra nos dias atuais. A trama acontece após a saga Sobrevivência do Universo retratado em Dragon Ball Super.

Uma coisa que me incomoda em Dragon Ball desde o fim da saga Cell é que temos muita “porradaria” e pouco desenvolvimento do enredo e esse longa não é diferente. Como eu já mencionei, metade do tempo é destinado à origem de Broly, e a outra metade é apenas voltado aos combates, o que prejudica muito na estrutura no filme. Não temos 3 atos como manda a tradição de uma boa história, mas sim apenas 2. Por mais legal e nostálgico que a luta seja, elas não têm pausa em momento algum, fazendo o filme ficar maçante em certos pontos como por exemplo na quantidade excessiva de gritos do antagonista.

Os guerreiros Z como Trunks, Goten e Piccolo mau tem o seu espaço de tela. Já faz tempo que eu queria ver uma participação melhor do resto da equipe nas telonas, mas aqui eles só estão por mera conveniência.

O clima está bem mais tenso do que vimos nos últimos filmes de Dragon Ball. Isso não é um problema em si, mas as poucas piadas que tem no filme quase não funcionam, e uma delas chega até a ridicularizar um dos principais vilões.

Claro que existem pontos positivos nisso tudo, como o traçado e a palheta de cores que tentam de certa forma simular o resultado dos animes dos anos 90, então caso você tenha crescido vendo essa arte japonesa nessa época, sem dúvida vai gostar desse toque.

Apesar do tempo, o combate é intenso e é possível ver movimentos que vão além dos chutes e socos que estamos acostumados a ver, como técnicas de contenção e movimentos acrobáticos que foram inseridos para dar uma diversificada na obra e com um bom êxito.

Novos personagens dão as caras, como Cheelai. Seu relacionamento com os demais em sua volta é bem interessante e faz lembrar muito a Bulma do Dragon ball clássico.

Também é legal rever algumas das figurinhas esquecidas nesse anime, como Raditz, Nappa jovem e Rei Cold. Uma pena que seja uma passagem rápida para todos.

Infelizmente não existe nada que já não tenha sido visto nos demais filmes de Dragon Ball no quesito de história. Caso você seja um fã de longa data, vai pensar diversas vezes nos longas e OVAs anteriores, porém, se você não liga tanto para isso e gosta de uma boa sequência de luta, talvez possa gostar de Dragon Ball Super: Broly.

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