ATENÇÃO: esse post contém UM ZILHÃO DE SPOILERS!!

Celeste é muito mais que um jogo de plataforma. Ele quer te despertar emoções, ideias, sentimentos, reflexões, conclusões, direcionamentos, enfim, ele quer, de alguma forma, te tirar do “estado atual das coisas” (status quo).

Por isso, em prol da imersão, faço duas recomendações:
1) Ouvir trechos das músicas do jogo enquanto lê esse post. Comece por essa e troque somente quando um outro link de música aparecer.
2) Ler com calma para aproveitar as músicas com o texto.
Observação: se a música parar de repente, volte à aba do YouTube e clique em “Sim” no aviso que aparecer para continuar reproduzindo.

Madeline, a protagonista.

Você é Madeline. Uma garotinha ruiva que quer escalar uma montanha chamada Celeste. Por quê? Há de se descobrir o porquê exatamente, mas trata-se de um objetivo pessoal… um desafio a si mesma para encontrar a motivação de suas ações. Algo que estava latente dentro de si a cerca de algum tempo e que agora se encontra mais presente em seu radar de decisões. Algo que lhe pediu por atenção, de dentro dela, com mais clamor sincero e natural do que antes, tomando sua atenção para, por fim, tomar aquilo que sempre precisou: seu foco.

A JORNADA SE INICIA.

A Montanha Celeste é, portanto, a metáfora para o seu objetivo pessoal. Por aquilo que, por algum motivo, está adormecido em você e que precisa ser, de certa forma, confrontado, lidado, enfrentado, liberto, independente de sua grandiosidade. Uma realização. Um ponto de partida para outros horizontes. Ou uma luta de autodescobrimento. Uma luta que você vive e quer vencer e que de repente “te liga” por atenção intensa, e que uma vez atendida, você sabe que enfrentará muitos obstáculos até atingir essa vitória, esse objetivo, esse chamado.

Assim, tão logo que Madeline inicia sua jornada, já é desincentivada a seguir pelos dizeres de uma senhora idosa, que mora na base dessa montanha, ao lhe avisar que o caminho adiante é perigoso e que ela pode não estar preparada. Talvez essa senhora represente nesse momento “os outros” que, comumente, nos freiam pela negatividade de quem não está disposto a enfrentar, a conquistar, a verdadeiramente tentar, e errar muito, para enfrentar os obstáculos por estar seguro de si em sua percepção pessoal que o cerca, do que lhe é seguro – que no caso é a confortável casa em frente aos perigos e mistérios da montanha -, e do que aparenta não conseguir alcançar por isso parecer… bobo? Sem sentido? Árduo? Confuso? Assustador?

De toda forma, por que não encorajar a tomada de decisão? Por que simplesmente lançar barreiras com dizeres de que não é fácil, de que poucos conseguem fazer, de que poucos tentam, de que há muitos riscos e que não vale tanto a pena? Enfim. Deixemos esses pontos negativos “dos outros” de lado. Temos um objetivo aqui e precisamos seguir em frente. Desbravemos.

Uma alusão aos muitos que desistem de seguir em frente.

É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.

José Saramago

É verdade que há preparações antes de enfrentar o objetivo, representado pela mochila que Madeline sempre carrega, e que deve ser a nossa bagagem pessoal. Por isso, já ao final da 2ª fase, é possível enxergar avanços na jogatina e entender o funcionamento do jogo pelos desafios de plataforma vencidos.

O REFLEXO RESSOA.

MÚSICA: Scattered and Lost (Dispersa e Perdida).

Eis que, de repente, algo diferente acontece. Quando Madeline passa em frente a um espelho ela repara que o seu reflexo está diferente: seu cabelo violeta, sua pele branca e seus olhos vermelhos. A imagem a paralisa, e, de repente, o espelho se quebra e o reflexo sai do espelho, fugindo em disparada logo em seguida. Mais adiante, Madeline o encontra, e assim iniciam uma conversa.

Quando questionado por Madeline, o reflexo diz: “Eu sou Parte de Você. Sou a parte pragmática.”, o que o faz se aproximar dos conceitos de Alter Ego, do advogado filósofo Marco Túlio Cícero, cujo significado vem do latim “alter” (outro) e “ego” (eu), significando “o outro eu” [1], que representa a identidade oculta de um personagem, um outro lado dele; e Sombra, do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que corresponde ao “lado sombrio” da nossa personalidade. É o submundo conturbado da nossa psique que contém os nossos sentimentos mais primitivos, os egoísmos mais afiados, os instintos mais reprimidos e aquele “eu escondido” que a mente consciente rejeita e que nos mergulha nos abismos mais profundos do nosso ser [2]. Refere-se àquele conflito interno de quando ficamos frustrados, com medo, inseguros ou zangados. É o seu “eu reprimido”. Um exemplo para visualizar a Sombra é pensar no que não gostamos nos outros. Pensamos, mas não dizemos. Pensamos através da Sombra, mas não dizemos por bloqueio da Consciência/Ego.

A “Outra Parte” de Madeline, sua sombra.

Infelizmente, não há dúvida de que o homem não é, em geral, tão bom quanto imagina ou gostaria de ser. Todo mundo tem uma sombra, e quanto mais escondida ela está da vida consciente do indivíduo, mais escura e densa ela se tornará. De qualquer forma, é um dos nossos piores obstáculos, já que frustra as nossas ações bem intencionadas.

Carl Gustav Jung

A Sombra diz querer proteger Madeline da escalada, e que por isso, para impedi-la, passa a persegui-la no final dessa fase, havendo nesse momento a inversão de papéis. Madeline deve fugir para completar a fase, pois morrerá ao ser apanhada, tal qual um verdadeiro lado sombrio seu que sempre o assusta, o persegue, e que se você deixar, ele te consome. Daí que se questiona, num primeiro momento: “Se o reflexo está a proteger, por que fere tanto?”.

É assim mesmo. Em nossas jornadas, de repente uma parte de nós passa a querer nos dizer algo. Os nossos sentimentos mais sinceros e profundos nos dão sinais. Por vezes, nos focamos no objetivo, mas… algo nos faz não seguir… algo que… não se sabe exatamente o quê, mas que está ali… tão perto e tão longe… que por muitas vezes optamos, por comodismo, deixar de lado.

A Sombra nos assusta, pois nos revela quem de fato somos. Por isso gastamos tanta energia para mantê-la oculta. Nós negamos esse lado negro com todas as nossas forças, ou então projetamos esse comportamento sobre os outros. A sombra forma-se de nossas qualidades existentes que gostaríamos de esquecer e que nem gostaríamos de olhar de perto [3].

Todos temos medos, receios, paranoias, ressentimentos, incertezas, convicções, ansiedades, traumas, dentre outros, que são gatilhos a bloqueios como mecanismos naturais de defesa contra algo que tememos, e muito: o desconhecido. Eles nos perseguem mesmo e visam nos proteger do incerto e do perigoso. Nos causa um efeito de atraso, pois também representa os pensamentos mais sinceros que não conseguimos expressar, ou ações que queríamos fazer, mas que, por alguma razão qualquer, hesitamos.

Em resposta racional, logo pensamos: “Ah, bem, é algo normal de ser sentido mesmo. Afinal, não se aprende tudo de mão beijada, não é mesmo?! Não sei de tudo e ninguém nasceu sabendo. Calma, calma, deixa isso de lado um pouquinho que você está fazendo a coisa certa!”. Hmm… vamos ver onde isso vai parar.

AMIZADE. AS CRISES NÃO AS AFASTAM, APENAS SELECIONAM.

MÚSICA: Anxiety (Ansiedade).

A escalada prossegue. Quando de repente, enquanto Madeline sobe um pedaço da montanha por um teleférico com Theo – um amigo que conheceu na escalada e adora selfies, tendo até conta no Instagram – um péssimo sentimento toma conta de Madeline. Algo que a toma por completo, lhe tomando a atenção de forma indesejada e deixando-a completamente vulnerável, acelerando seu coração, esfriando suas mãos, e embaçando a sua visão na expectativa de que algum mal súbito aconteça.

Ao fundo, tentáculos sombrios representados pelo interior sombrio de Madeline.

Ansiedade. Ansiedade excessiva. Só podia ser aquilo. Madeline sofre de episódios de depressão e ansiedade, os quais desencadeiam crises de pânico. Theo a segura firme e a ajuda, fazendo-a mentalizar uma pena que deve ser mantida no ar sob o mesmo ritmo de sua respiração, para assim lhe ajudar a acalmar o corpo e a mente.

É interessante ver o cuidado do jogo ao dedicar uma cena para abordar especificamente sobre o transtorno da crise de pânico, que, de fato, começa de repente. Há tratamentos e medicamentos a respeito, e o não enfrentamento disso por quem o possui, com frequência resulta na reclusão dessa pessoa na própria casa, livre dos gatilhos inesperados de crise por aí. De novo o jogo traz outra barreira difícil de ser lidada: a saúde mental.

MÚSICA: Madeline and Theo (Madeline e Theo).

Apesar dos pesares, Madeline está tendo progresso. O cume se torna visível. As coisas até que vão bem, com a amizade de Theo ajudando nisso, afinal, quem nunca recorreu a um bom amigo para conversar sobre as coisas que realmente importam e se sentir mais leve, não é mesmo? Esse é o começo da solução. É um bom momento em que reconhecemos com mais franqueza as fagulhas que nos incomodam em nós mesmos, ao mesmo tempo que nos abrimos para ouvir sugestões reais de quem confiamos.

Válvulas de escape. Todos temos.

NO FUNDO DO POÇO.

MÚSICA: Starjump (Salto às Estrelas).

…mas esse é também parte do problema, em especial se a decisão for esconder ou abandonar suas falhas/sombras sem querer lidar com elas ou com os obstáculos. A autonegação é caminho para a reclusão e autossabotagem. Madeline não sabia disso nesse momento, então teve o seguinte diálogo consigo mesma:

É nesse momento então… de intensa briga interna… que Madeline escorrega e cai. Cai feio.

Repare no tentáculo puxando Madeline para baixo.
Aqui é onde Madeline estava. Quase lá!
Madeline cai para além da base da montanha, em uma floresta submersa.

É aquela sensação desesperadora de estar “sem chão”, que já envolto de tantas preocupações, você se questiona: “Por quê?! Estava tão, mas tããão perto de conseguir! Era logo ali! Será que sou realmente capaz?”. Pois é, obrigado Vida #chatiado #cry

A dificuldade dos desafios de plataforma representa as dificuldades reais de enfrentar as jornadas que trilhamos e as que queremos trilhar, assim como o alcance de sonhos e o reconhecimento de problemas. Há também uma aventura simultânea com nós mesmos em reconhecer todas as partes de si, boas e ruins.

Para evoluir há muita morte simbólica. No jogo morremos várias vezes, mas logo em seguida já podemos tentar mais uma vez, o que permite a conclusão de ainda estarmos vivos para continuar. A morte no jogo, então, foi simbólica [4]. Fora do jogo, os erros servem de aprendizados e nos fazem rever e abandonar certas ideias e situações, em evidente ciclo de mortes simbólicas na nossa cabeça em prol de aprimoramento pessoal.

Há momentos no jogo em que você pode se questionar com o seguinte: “Como eu consegui fazer isso?! Quanta problemática pra chegar aqui. Se eu morrer agora vai ser muito chato fazer isso de novo!!! AAAHH, mas que raiva, quero passar logo!”, e ainda assim, ao morrer outra vez você acaba conseguindo, eventualmente, lhe provando que você é capaz de fazer algo que nem sabia ser capaz de fazer, lhe causando uma doce e sincera sensação de alívio e satisfação quando passado o desafio, como comumente são as vitórias intensas, daí outra metáfora. Genial, não é?

Isso serve de referência para tantas passagens e oportunidades da vida que não conseguimos ter uma visão ampla e clara do todo [5], o que nos dá muita sensação de estranheza, de medo, de incerteza, mas que faz parte da caminhada do aprendizado. A única forma de não errar ou não sentir a manifestação desses sentimentos é não tentar.

Felizmente essa dificuldade do jogo não é injusta, pois ainda que requeira movimentos precisos, é perceptível que a culpa está no jogador, e não na malícia da criação das fases ou problemas de tempo-reposta do controle com o jogo. Ao mesmo tempo, há uma boa sensação de recompensa após passar pelos desafios. Ainda, essa dificuldade não é gradativa, mas aleatória, tendo em vista que na vida nem sempre o complexo e o difícil estão no final da jornada. De toda forma, caso os desafios do jogo estejam muito difíceis para você, existe a possibilidade de ativar trapaças, como imortalidade, para evitar que o desafio se torne uma muralha intransponível.

A cada passar de fase o jogo faz questão de mostrar quantas vezes você morreu, o que, sem exageros, pode contabilizar tranquilamente umas 400 dada a agilidade das tentativas, mas bem, você conseguiu passar dela. Assim, tal qual na vida, há uma sucessão de erros até a tão sonhada vitória, seja ela qual for.

CONHECE A TI MESMO.

Ao mesmo tempo que queremos algo, também rejeitamos pelas constantes cobranças, dúvidas, medos que naturalmente a cercam, sejam eles conhecidos, desconhecidos ou simplesmente inexistentes, mas verdadeiramente presentes em nosso sentir.

Precisamos olhar para dentro em alguns momentos, por mais bem amparados que estejamos, sejam por amigos, profissionais ou familiares. Às vezes falta carinho próprio. Amor próprio. Respeito próprio. Dessa vulnerabilidade precisamos entendê-la. Saber como funciona, e, junto ao lado racional/consciência/ego, seguir em frente. Saber reconhecer e ter a coragem de andar em frente, já que vulnerabilidade e coragem se encontram em uma linha muito tênue de distinção. Precisamos, por vezes, descer fundo em nosso interior para então entender melhor. Nos entender melhor.

Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal. Isso nada tem a ver com coragem.

Jean-Paul Sartre

Vulnerabilidade é incerteza, risco e exposição emocional.

Brené Brown

Coragem é saber que pode doer, mas fazer assim mesmo. Estupidez é o mesmo. E é por isso que a vida é difícil.

Jeremy Goldberg

MÚSICA: Ressurection (Ressurreição).

Desçamos então em busca de algumas respostas em nosso interior. Em nossa autorreflexão.

Os tentáculos sombrios sempre presentes, que se recuam ao fundo quando Madeline chega perto. É uma passagem bem marcante.

“O homem é um animal sociável”, já dizia Aristóteles, mas isso não significa que não devamos ficar sozinhos, pois é nesses momentos únicos de solidão sincera, consigo mesmo, de verdadeiro descanso das exigências do dia a dia, que, por vezes, realmente conseguimos enxergar o que não conseguíamos, ou aprender e fazer o que pensávamos não ser capazes.

Nem só de negatividade vive a sombra. Embora falhemos em fazer ou entender algo, e pensemos coisas reprováveis socialmente, a Sombra é responsável por nos dar a dimensão humana, escancarando a realidade e nos fazendo levantar da queda, ou acender potenciais ocultos que pensávamos não possuir, ou condutas que desprezávamos e que no fundo tem seu valor [3].

A Sombra também é a parte não vivida da nossa personalidade, por isso seu dinamismo pode conter tanto o bem como o mal. Essa parte não vivida é inconsciente e por isso inquietante, se manifestando por isso de forma extrema, primitiva, impetuosa e desajeitada. Mas nela, existe o potencial positivo para novos dons e talentos [3].

Jung propõem que devemos “integrar a nossa sombra” – embora alerte ser um processo doloroso – o que ele chama de “individuação”, para assim torná-la consciente e possibilitar um trabalho conjunto com ela. Ignorá-la apenas a alimenta em nosso inconsciente, roubando o nosso equilíbrio mental e emocional, e a oportunidade de sermos felizes.

Aquilo que você resiste, persiste.

Carl Gustav Jung

Nessa solitude com nós mesmos é que realmente aprendemos com nós mesmos, ao aprendemos a respeitar nossos sentimentos, nossos instintos, nossos mecanismos. É onde se livramos dos grilhões que criamos, tais quais: medos infundados; ideias que não fazem mais sentido; ausência de atitude; conversas não realizadas; sonhos não realizados; pedidos de desculpa; perdões; problemas familiares, amorosos ou profissionais; mágoas; regras de família, sociedade ou nação; etc.

Nem sempre estamos preparados para o que a vida joga no nosso caminho. Assim, tendo pleno conhecimento disso, podemos juntamente com a nossa garra racional de seguir em frente, conciliar os medos que vamos sentir, das falhas que cometemos e vamos cometer, e sabendo disso, conscientizando isso, haverá mais maturidade para pensá-lo, deixando de que a decisão seja feita por manobras das forças inconscientes, passando a representar uma opção, que tal como um time, decidem e vencem juntos: Você/Consciência/Ego e seu Alter Ego/Sombra.

Enfim em pazes.

LEVANTE. RENASÇA. ACORDE!

Somos falhos. É importante estar ciente disso, conscientizar isso, e que errar está tudo bem. Se cobre, mas não se torne seu próprio inimigo que somente se atrasa. Assim como há teimosias, há preciosismos.

Ninguém se ilumina imaginando figuras de luz, mas se conscientizando da escuridão

Carl Gustav Jung

MÚSICA: Reach for the Summit (Alcance o Cume).

Madeline, ao perceber que consegue lidar com isso junto consigo mesma, percebe que sua força é muito maior, e que a reescalada que antes parecia inalcançável, agora se torna menos pavorosa. A energia positiva gerada por esse “estalar” é enorme, o que a faz, literalmente, voar por certas passagens da montanha, em evidente troca de ajudas entre as facetas de sua personalidade pela reconciliação de ambas. Ainda, conquista-se no jogo o pulo duplo, que se mostra uma tremenda ajuda, e que também se encaixa perfeitamente com a ideias por trás do jogo: cada pulo é de uma personalidade, e juntas, podem mais.

Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda.

Carl Gustav Jung
Plena. Renascida. Acordada.

Além das falhas, estamos em mudanças gradativas com nós mesmos. Provavelmente ainda somos o mesmo de ontem, mas e de meses atrás? Anos atrás? As ideias eram outras, a realidade era outra, as incertezas eram outras, mas de lá para cá houve muita morte simbólica até você ser quem é hoje e enfrentar o que enfrenta, em grande parte, graças ao seu passado. Pare e pense: quantas pessoas do seu passado conhecem uma versão de você que não existe mais?

Enfim vitoriosa! Repare que o cabelo está rosa, que é a mistura das cores vermelho e violeta, justamente as cores de cabelo de Madeline e de sua Sombra, que agora são plenamente uma pessoa só.

Quanta informação para um jogo de plataforma, não acha?! Celeste, portanto, se demonstra ser uma tremenda experiência de jogo de plataforma e de reflexão pessoal, em especial quanto a esse último para quem tem depressão ou sofre de ansiedade, problemas da mente que atualmente vêm se tornando muito corriqueiros. Ao mesmo tempo que motiva e incentiva a continuarmos sempre em frente pelas barreiras da vida sabendo que erraremos, aprenderemos, e que está tudo bem em ser assim.


Referências:
[1] Site Significados.
[2] Site A Mente é Maravilhosa.
[3] Site En(cena) Saúde Mental.
[4] YouTube Meteoro Brasil.
[5] Podcast 99Vidas.

Ficha técnica:
Celeste é um jogo eletrônico de plataforma desenvolvido pelos canadenses Matt Thorson (de TowerFall) e Noel Berry (de Skytorn), e publicado pela Matt Makes Games (também de TowerFall). Sua arte carismática foi realizada por Amora Bettany, Gabby DaRienzo, e pelo brasileiro Pedro Medeiros. A música excepcional e imersiva ficou a cargo de Lena Raine.

O jogo foi originalmente criado como um protótipo de 4 dias durante uma game jam – evento que envolve a reunião de desenvolvedores para a criação de um jogo em um curto período de tempo, normalmente 3 dias – e depois foi expandido para o seu lançamento completo. Esse protótipo pode ser desbloqueado e jogado no próprio jogo.

Seu lançamento foi em 25/01/2018 para Windows, Switch, PlayStation 4, Xbox One, macOS e Linux. O jogo recebeu aclamação da crítica e foi premiado como “Melhor Jogo Independente” e “Melhor Jogo Impactante” no The Game Awards 2018, além de ter sido indicado para “Jogo do Ano” nesta mesma premiação.