Depois dos eventos complexos, densos e quânticos de Vingadores: Ultimato, Homem-Aranha: Longe de Casa chega para concluir mais uma fase da Marvel e nos contar, de maneira leve e brincalhona, como o mundo seguiu em frente após metade dos humanos voltarem para a Terra.

A característica do Homem-Aranha de Tom Holland dentro do Universo Cinematográfico da Marvel é se comunicar com o público mais jovem e trazer leveza com as piadas e referências de Peter Parker. Era exatamente esse filme que precisávamos após Ultimato; um epílogo que fecha a narrativa e que faz um link para o que podemos esperar no futuro.

Em Longe de Casa, Peter está exausto de suas responsabilidades de salvador do planeta, e quer apenas curtir as férias com seus amigos de escola numa viagem à Europa e dizer a MJ (Zendaya) o que ele sente por ela. No entanto, Nick Fury e uma nova ameaça possuem outros planos. É aqui que o conceito de “grandes poderes trazem grandes responsabilidades” entra em jogo, e Peter terá que escolher se quer trilhar pelo caminho que Tony Stark imaginou para ele.

A primeira parte do filme é muito bem humorada, trazendo a face de Peter que não quer lidar com coisas sérias de adulto. No entanto, a ameaça que permeava a viagem ganha uma nova característica e um novo nível de perigo, fazendo com que ele precise revisar suas prioridades. No final, o filme funciona como narrativa de transição tanto para o crescimento de Peter Parker quanto o da Marvel, e Holland segura essa barra de maneira incrível.

O que não me agrada no filme, assim como em outras mídias do Homem-Aranha, é que tudo acontece em volta de Peter e seus amigos. Todas as sincronicidades acontecem para que MJ ou algum de seus amigos estejam sempre no centro do perigo e que Peter precise salvá-los, enquanto tenta esconder sua identidade. No entanto, compreendo que essa é uma questão aderente ao “amigo da vizinhança” e que, aceitando a lógica, é possível dar risadas com os professores cartunescos e o resto da turma.

A parte positiva é que Jake Gyllenhaal traz um personagem complexo que consegue segurar a trama ao lado de Holland. Mysterio traz consigo a ideia de uma tecnologia muito interessante que, se pensada em uso na nossa própria realidade, poderíamos refletir sobre eventos que mudaram o mundo seguindo a agenda de pessoas mal intencionadas com o objetivo de liderar através do medo. Não há maneira mais fácil de fazer alguém entregar sua liberdade de ser e pensar do que oferecer uma situação perigosa e prover um falso senso de segurança.

O problema das pessoas acreditarem em qualquer coisa atualmente não é sua capacidade de compreender e agregar conceitos e acontecimentos fora do comum, mas a sua falta de discernimento. Em um mundo em que a desinformação é usada fortemente como arma, o centramento interno, a busca por conhecimento, fontes alternativas e o filtro do seu coração devem ser a resistência.

Homem-Aranha: Longe de Casa traz uma história divertida que oferece dicas para onde a narrativa maior desse universo deve se locomover. E, para isso, as duas cenas pós-créditos são essenciais! Pelo retorno de Fury, Maria Hill e da Tia May, damos 4 cookies para a produção.

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