[Crítica] – La La Land, Cantando Estações

Inspirado nos antigos romances musicais, La La Land é uma produção que mistura jazz, belas coreografias, melodias, cores, fotografia e atuações. Faturou 7 premiações do 74º Globo de Ouro no último domingo dia 8 sendo melhor comédia; melhor diretor e melhor roteiro para Damien Chazelle, melhor ator em para o mocinho Ryan Gosling; melhor atriz para a mocinha Emma Stone; melhor canção original para “City of Star” e melhor trilha sonora para o compositor Justin Hurwitz; quebrando um recorde e sendo o maior vencedor até o momento do Globo de Ouro. A trilha sonora é apaixonante, acompanha as ações do filme de forma orgânica e bela do jeito que nos faz balançar a cabeça acompanhando o ritmo. Damien Chazelle & Justin Hurwitz trabalharam juntos em “Whiplash: Em busca da perfeição“, que também conta com uma trilha sonora voltada ao Jazz e com a presença do ator J. K. Simmons. Este foi vencedor do Oscar de Melhor ator coadjuvante de 2014 como o rígido professor Terence Fletcher em Whiplash, e em La La Land é o Chefe de um restaurante onde Sebastian interpretado por Ryan tenta um emprego como pianista. Uma curiosidade: a produção de La La Land foi tão intensa e detalhada que o filme levou 6 ANOS para se tornar realidade!

O filme conta a saga de Mia (Emma) batalhando pelo seu sonho de ser atriz e de Sebastian (Ryan) que sonha em abrir um clube de Jazz e dar todos sentimento possível a este gênero musical que significa tanto para o personagem, que coleciona vinis e artefatos relacionados ao tema mesmo estando constantemente com dívidas. Ambos lutam pela oportunidade certa e seus caminhos se cruzam diversas vezes em Los Angeles, a cidade Californiana dos sonhadores aspirantes a arte. Eles se odeiam no começam mas acabam se apaixonando e o relacionamento do casal passa por diversas provações ao decorrer de suas lutas diárias para realizarem seus sonhos objetivos pessoais. Há equilíbrio entre os momentos doces do casal dignos de filmes da época da Metro Goldwyn Mayer (como falam nossos avós se referirem a este tipo de filme) em contraste com as duras realidades de ambos.

Da paleta de cores aos figurinos e partes do cenários misturados aos números musicais, o filme nos transporta para os anos 50; acessórios inexistentes na época nos conectam com a atualidade, como celulares, carros modernos entre outros.

É um excelente filme para sonhadores, românticos e criativos que gostam de jazz, clássicos como Cantando na Chuva, Casablanca dentre outros e os estrelados por Debbie Reynolds e Audrey Hepburn; especialmente pelos easter eggs que remetem a era de ouro dos musicais nas décadas de 50 e 60. As coreografias são outro ponto que nos rementem à nostalgia e há grande sutileza e suavidade nos movimentos, é tão belo que dou 5 cookies para a coreógrafa Mandy Moore. Não podemos deixar de mencionar o excelente desempenho dos atores também no canto, além da grande química entre Stone & Gosling, já vista em “Gangster Squad“, dois lindos! Ryan Gosling inclusive aprendeu a tocar piano em poucos meses especialmente para o filme, mais um ponto positivo para o mesmo, uma vez que as cenas se intenso jazz não leva a presença de dublês e são maravilhosas, palmas para ele!