David Bowie sempre foi um ícone da cultura pop e transformou suas referências artísticas em produções que se tornaram influências impactantes tanto em suas músicas, imagem e público. Desde o início de sua carreira suas obras carregam variados significados nos mais distintos detalhes, às vezes bem visíveis e outras nem tanto, as quais exigem uma análise mais profunda, mas nunca óbvio, nunca a mesmice. Sempre a frente de seu tempo, Bowie se adaptava, criava e re-inventava. Diversas vezes a sociedade ainda não sabia o que poderia estar acontecendo e Bowie trazia a resposta em suas canções, como por exemplo em seu último álbum Black Star, de 2016, o qual já trazia uma mensagem de despedida que será analisado na sequência.
Copiado e admirado até hoje seu legado será sempre algo eterno e que merece ser apreciado e re-analisado. Pois sim, sempre haverá algo por trás e nas entrelinhas que possam fazer sentido tanto para quem está pesquisando, para algum impacto político social ou apenas apreciando sua imensa criatividade e referências, pois Bowie não é só um, são muitos em um só.
Bowie promoveu o individualismo e a liberdade de escolha, e quando jovem polemizou a respeito da liberdade sexual. Sempre mostrou que cada um pode ser o que quiser, se expressar, e que não há nada de errado nisso. Por meio de suas roupas, jeito, personagens, fotografias, projetos gráficos, músicas e itens pessoais ele revela ampla influência e amplo processo criativo perante sua influência no mundo.
Este post de Introdução é o primeiro de muitos em homenagem a ele que celebraria hoje dia 8 de Janeiro, seu aniversário no planeta Terra, mas que será para sempre comemorado pelo universo. Nos próximos posts desta grande homenagem faremos uma imersão na vida do grande “Camaleão do Rock” conectando-nos diretamente com grandes acontecimentos do século 20, além das artes visuais, cultura, moda e política. Estes mergulhos na vida de David Bowie nos farão viajar do jazz ao rock, do surrealismo ao teatro japonês kabuki, de Alexander McQueen ao psicodelismo, de Andy Warhol ao Muro de Berlin.
Artistas como Bowie nos fazem lembrar que a arte torna as nossas vidas muito mais vivas, e sem um pouco de extravagância, estamos fadados à mesmice e a enxergarmos o mundo a nossa volta sempre da mesma forma. Conhecendo o passado não estaremos condenados a repetir determinados erros no futuro e com visão ampla e mente aberta temos muito mais discernimento a saber refletir e identificar o que verdadeiramente vale a pena viver.
Deixem a mente fluir! Peguem os fones de ouvido e vamos começar o nosso mergulho!
Acompanhem os próximos posts. E para dar um gostinho do que iremos encontrar, fiquem com uma playlist criada especialmente para ilustrar a leitura com alguns clássicos do artista:
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>> Referências a serem utilizadas:
- Visitação à exposição “David Bowie” no Museu da Imagem do Som – MIS – São Paulo em 2014 – Adaptação da exposição “David Bowie Is” do museu britânico Victoria & Albert em Londres.
(Confiram post sobre a exposição em homenagem ao artista no seguinte Link). - Catálogo da exposição “David Bowie”:
Bowie, David, 1947
David Bowie, Victoria Broackes Marsh [curadoria]. André Sturm [direção de projeto].
Cristiane B. Futagawa [coordenação editorial]
São Paulo: Museu da Imagem e do Som, 2014. 192 pp. Ilustrado.