O sexto filme das aventuras de Ethan Hunt (Tom Cruise) não apresenta novidades em relação ao que já foi explorado na história dos longas metragens de ação ou espionagem, mas a maneira no qual as cenas são apresentadas, mostram um produto final de grande qualidade.
É notável como Tom Cruise está dando o melhor de si, mesmo que já esteja com 56 anos de idade, ele não fica atrás dos protagonistas da Marvel quando se trata dos momentos de combate. As coreografias das lutas são excelentes! Brutas, ágeis e coerentes, da mesma maneira que as perseguições de veículos e cenas de tiroteio são de tirar o folego. Destaques para as cenas gravadas em Paris.
Outros destaques de atuação vão para a The White Widow (Vanessa Kirby) e August Walker (Henry Cavill). Por diversas vezes, fiquei me perguntando o que passava pela cabeça desses personagens em muitas situações.
A trilha sonora em sua maioria é orquestrada e foi usada de maneira inteligente, algumas cenas são carregadas de tensão com ritmo acelerado, mas outras situações eles optaram pela total ausência de música, deixando um clima de suspense e expectativa mesmo em cenas de ação.
O enredo é coerente, porem cercado de clichês como ameaça de ataques terroristas, armas químicas, desativação bombas no último segundo, mascaras de borracha para disfarces, infiltração em festas, gadgets de espionagem, saltos de paraquedas, traições, reviravoltas incontáveis recursos que já vimos em inúmeros filmes, mas o diretor Christopher McQuarrie fez um ótimo trabalho e transformou o previsível em empolgação.
Missão Impossível: Efeito Fallout me impressionou pois a essa altura do campeonato imaginei que o desgaste já o teria atingido, mas ao que parece, ele foi na contramão e se tornou um dos melhores filmes da franquia.