Recentemente fez uma década que comecei a fazer shows e se tem uma banda que é responsável por me influenciar de maneira tão positiva, sem dúvida é o Queen. Quando eu tinha 11 anos de idade, ganhei de presente do meu pai uma cópia do show “Queen Live At Wembley Stadium de 1986 e uau! Era a primeira vez que eu acompanhava uma apresentação daquela magnitude; os vocais, os arranjos, os solos e a plateia era algo de outro mundo, foram eles que abriram as portas para que eu conhecesse outras bandas e assim formasse todo o meu gosto musical e quem sabe até elementos do meu caráter. Quando soube que haveria cabine de imprensa para esse filme, fiz questão de confirmar a minha presença.

Mas chega de falar da minha vida, Bohemian Rhapsody é um filme que conta a história do Queen desde os tempos do Grupo Smile, até o épico Live Aid de 1985 com o foco na vida do vocalista Freddie Mercury; mas certos acontecimentos foram alterados (o que pode incomodar aos fãs mais tradicionais), talvez para se encaixar melhor na narrativa do filme.

O longa é uma carta de amor aos fãs, temos várias músicas clássicas como: “Somebody to love“, “Dont stop me now“, “Who wants to live forever“, “Another one bites the dust“, “We will rock you“, “We are the champions“, “Killer Queen” e claro “Bohemian Rhapsody“.

A caracterização é perfeita, assim como a atuação de grande parte dos atores, Rami Malek entregou um Freddie extremamente convincente, da mesma maneira que Gwilym Lee nos presenteou com um Brian May que me deixou de boca aberta.

Tivemos vários momentos marcantes na carreira deles como a “Love of my live” no Brasil, os bastidores do clipe “I want to break free“, as festas extravagantes de Freddie (que tiveram o seu conteúdo levemente cortado para entrar na classificação indicativa), a famosa gravação dos inúmeros “galileos “ e até mesmo piadas envolvendo o corte de cabelo do Brian May ou os dentes extras do nosso querido “Mr bad Guy”.

Um ponto negativo é que algumas histórias da banda parecem um pouco atropeladas e problemas de desenvolvimento das músicas tem soluções simples demais, além de alguns momentos não terem muitos fundamentos para a obra final. Como fã fiquei um pouco chateado por não termos alguns momentos pós Live Aid. A música das olimpíadas “Barcelona”, a turnê do Kind of magic ou o evento de tributo de 1992, ficariam ótimos nesse filme. Mas eu entendo a ausência deles, pois se não, o filme teria uma duração muito longa.

Se você gosta de um rock de qualidade, Bohemian Rhapsody é uma ótima indicação, mas se você se sente incomodado com assuntos envolvendo o uso de drogas ou o homossexualismo, talvez o filme possa não te agradar.

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