Na coletiva de imprensa da convenção Roadhouse Brazil Convention, promovida pela Mídia Kriativa, os interpretes de Crowley e Trickster/Gabriel da série Supernatural falaram sobre seus personagens, suas experiências no programa e suas opiniões sobre a trama. E o Serial Cookies estava lá pra contar tudo pra vocês! Ambos foram muito simpáticos com a imprensa, deixando a conversa descontraída. Richard Speight sempre fazia piadas, e Mark Sheppard não perdia uma oportunidade para deixar Crowley ainda mais misterioso. Confira a entrevista:
[Contém alguns spoilers da sétima temporada]
A oitava temporada foi confirmada. O que os fãs podem esperar dos seus personagens?
Speight – O lance é, e eu digo isso de uma maneira positiva, nós somos os últimos a ficarem sabendo…
Sheppard – Meu trabalho sempre foi mentir. Algumas vezes eles tiram meu nome dos créditos para que vocês não saibam quando eu vou aparecer. Então nós não falamos a verdade com freqüência.
Mark, tem algum aspecto que você não goste de Crowley?
Sheppard – Não. Eu amo Crowley
Mas ele é desprezível…
Sheppard – Ele é? Qual é, ele tem que liderar o inferno. É um trabalho. É um trabalho difícil, mas alguém tem que fazer.
Richard, Gabriel mudou sua opinião sobre anjos?
Speight – Com certeza o que eu pensava dos anjos quando ia à igreja quando era garoto mudou trabalhando em Supernatural. Eu lembro ligar para Jeremy Carver, que escreveu o episódio Changing Channels, para conversar com ele. Eu descobri que iria virar de Trickster para Gabriel e estava fazendo pesquisa e falando com outros roteiristas. Eu estava acompanhando a história de Gabriel pela Bíblia e Jeremy disse que eles não iriam fazer naquele caminho. Eles fazem do jeito deles, o que fica muito divertido.
O programa tem tantos elementos: ação, ótimas músicas, morte. Qual é a sua morte favorita?
Speight – Eu posso responder essa. Foi a primeira vez que eu vi um anjo morrer. Porque eu não sabia sobre as asas, sabe? E eu achei que ficou muito massa.
E a sua cena de ação favorita?
Sheppard – A minha é a cena com o Cadillac de 1959. Sabe qual era a placa? Tinha uma cena que mostrava a placa, mas eles usaram uma versão diferente. E a placa era BUHBYE. No coloquialismo americano se lê “tchauzinho”. Uma placa perfeita pra cena.
E como você define o Crowley?
Sheppard – Ok, eu tenho uma pergunta pra você. Você assiste a série? O mais importante é como você o define. Quero dizer, ele é um demônio? Eu não sei. Você já viu o olho dele ficar preto? Eu acho que os fãs gostam mais quando ele está ajudando o Sam e o Dean, mas o Crowley sempre ajuda o Crowley. O que torna divertido. E você sabe, eu volto no [episódio] 7.22.
A série tem muito humor. Vocês têm a oportunidade de improvisar?
Speight – Não. Como eu vejo, tudo no programa tem sido planejado. O problema com improvisar é que pode ser divertido, mas queima muito tempo que não temos.
Sheppard – Os episódios são muito complexos e muito demorados, então não temos tempo para brincar. Nós brincamos enquanto atuamos, mas o roteiro é o parâmetro e nós não saímos dele.
Speight – Quando você está fazendo uma conversa, não quer mudar nada.
Sheppard – A história é muito importante. Tem sentido. Coisas que acontecem em uma temporada afetam outra.
Há alguma chance de vermos mais sobre o passado de Crowley?
Sheppard – Eu não sei se é pertinente porque “o que é” Crowley é irrelevante. “O que Crowley está fazendo” é mais importante. Porque toda vez que ele aparece, tem um custo. É interessante porque eu roubo a alma do Bobby, mas eu devolvo as pernas dele. Então há uma benevolência estranha.
Como vocês acham o final de Sam e Dean deve ser?
Speight – Pense em grandes finais de séries. Eu não saberia nem por onde começar. Os roteiristas sempre levam a história por caminhos que eu não compreenderia.
Sheppard – A sexta temporada foi interessante porque foi como um novo começo. A sétima é mais como se voltasse ao início. Então é animador pensar o que eles vão fazer com a oitava.
Você tem uma temporada favorita?
Sheppard – Sim, quero dizer, eu tenho episódios favoritos numa temporada. Por exemplo, todos gostam de French Mistakes, e outros episódios chave. Mas eu acho que todas temporadas têm seus altos e baixos. Eu gosto de todas.
Sobre o humor na série, os diálogos têm muitas referências a livros, filmes e personagens. Vocês sempre entendem todas ou às vezes tem que pesquisar?
Sheppard – Uma ótima coisa de Jensen [Ackles] e Jared [Padalecki], e de todo o elenco, é que todos são muito espertos. É um programa inteligente. São roteiristas inteligentes. Quero dizer, tem uma quantidade enorme de referências culturais. Pegue o episódio de Felicia Day. Ela faz uma haker, e é brilhante. E eu não sei, mas ela poderia voltar. É uma ótima personagem.
O que você acha da Meg?
Sheppard – O que eu acho dela? Ah, eu não gosto dela! Você pode descobrir a resposta dessa pergunta logo. Eu devo matá-la? Você acha que é uma boa ideia? É, acho que o Crowley não gosta nem um pouco dela.
Como você se sente com o sucesso do Crowley?
Sheppard – Eu acho ótimo. Mas isso são vocês. Os fãs que fazem a popularidade.
Speight – E na minha experiência, eu nunca estive num programa que colocasse tanta confiança no fandom. Firefly poderia ser outro exemplo. Porque em Supernatural os roteiristas realmente ligam para o que os fãs pensam e com quem eles simpatizam. Um ótimo dar e receber.
Sheppard – O fandom é uma força poderosa.
Speight – O programa se mantém na base dos fãs. A audiência pode ser 7 milhões menor que Grey’s Anatomy, mas os fãs de Supernatural vão se erguer juntos e marchar para frente por uma causa.
Sheppard – Como no People’s Choice Awards, o que é uma grande coisa considerando os concorrentes. Mas muito é relacionado com os garotos também. Estamos os assistindo por oito temporadas e por que ainda estamos interessados? Porque eles são brilhantes.
Mark, você fez um demônio em Charmed. Você usou algo daquele demônio no Crowley?
Sheppard – Não. São bem diferentes. Tem muito sobre o Crowley que vocês não conhecem, que eu não conheço. Mas acho que ele é mais do que parece ser. Porque ele lidera o inferno. Se todos fizessem o que deveriam, tudo seria mais fácil.
Então o Crowley vai voltar no 7.22. Pode nos dar alguma dica?
Sheppard – Não. Sem spoilers.
Agradeço o pessoal da Mídia Kriativa pelo convite de cobertura e aos fotógrafos Christiano Rubin (do site Nivel Épico (imagem de destaque)), Marcos Ferreira (do blog Plugcitários) e Kiko Barbosa (do site Cinefagia) pelas fotos.