Chorar de Rir – que estreia em 21/03/2019 nos cinemas – é mais uma comédia brasileira, roteirizado por José Roberto Torero e Luciano Patrick, dirigido por Toniko Melo, com produção de Geórgia Costa Araújo e coprodução e distribuição da Warner Bros Pictures.

O filme segue a fórmula de programa televisivo como tantas outras. Poderíamos resumir o filme assim, mas isso seria apenas rotular a película que é mais profunda do que parece!

Acompanhamos aqui a saga de Nilo Perequê (Leandro Hassum), um prestigiado ator de comédia que se deixa levar pelo julgamento alheio ao perceber o quanto seu trabalho é indevidamente menosprezado, apesar da devida fama conquistada e do carinho de seus fãs, decidindo assim, diante da decepção repentina, mudar de vida investindo na carreira dramática.

Ironicamente, várias das pessoas que o marginalizavam por sua profissão não levam a sério sua decisão e nosso herói tem muito pouco ou nenhum apoio num mundo de pura cobrança e preconceito. Um exemplo curioso e interessante são os pais. Enquanto a mãe o critica por ter abandonado a tão prestigiada fama na TV, o pai o incentiva ao dizer que “você é o dono de seu destino!”. Isso serve de agulhada aos que enxergam somente na TV a realização profissional de um artista.

O drama pelo qual o protagonista passa é bastante abordado na primeira metade do filme e, enquanto o clichê dita que algumas comédias virem drama próximo ao final, repentinamente deslancha numa avalanche de absurdos e bobagens genuinamente engraçadas que se estendem até durante os créditos! É verdade que o roteiro não se aprofunda muito em suas passagens, mas isso não afeta na aventura abobalhada da trama.

E como se não bastasse o time de comediantes que entregam piadas constantes durante o filme, temos ainda várias participações especiais ao final resultando em diversão extra!

Chorar de Rir subverte expectativas menos positivas de bordões e entrega ainda uma bonita mensagem sobre o quanto e como a sociedade crítica nossas decisões… talvez até faça os mais emotivos chorarem, mas com certeza faz rir bastante e merece 3 cookies e meio!

Essa crítica foi realizada em conjunto por Dorival Mores e Ricardo Becker.