Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom) é a sequência do sucesso Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, de 2015, quinto filme de toda a franquia Jurassic Park, e terceiro filme da nova linha do tempo criada (o primeiro sendo o clássico Jurassic Park: Parque dos Dinossauros). Foi dirigido por J.A. Bayona e roteirizado por Derek Connoly, Colin Trevorrow e Michael Crichton. Os três também escreveram o primeiro Jurassic World. Steven Spielberg, diretor do original, é o produtor executivo, e o tema clássico de John Williams figura na trilha sonora, que foi composta por Michael Giachino, também do primeiro World.

3 anos após o desastre ocorrido no parque Jurassic World, os dinossauros permanecem na Isla Nublar vivendo sozinhos. Mas o vulcão da ilha torna-se ativo e ameaça entrar em erupção a qualquer momento, então começa um debate sobre se devem haver esforços para salvar os dinos sobreviventes ou deixar que morram. Um empresário contata Claire (Bryce Dallas Howard, de Ouro) e Owen (Chris Pratt, de Os Vingadores: Guerra Infinita) e pede a eles que o auxiliem em uma missão de resgate para tirar animais de 11 espécies usando o desejo de um ex-sócio de John Hammond, o criador do primeiro parque, plano esse que serve de cobertura para as verdadeiras intenções da empresa, que é de leiloar os dinossauros resgatados e apresentar uma nova espécie geneticamente modificada. Preciso dizer o que acontece depois?

 

 

Se você conhece a história de A Ilha Misteriosa, de Julio Verne e de O Mundo Perdido (tanto o livro quanto o 2o. filme da franquia), notou aí que Reino Ameaçado pega alguns elementos emprestados. Quando “O Mundo Perdido: Jurassic Park” foi feito, sua base foi a história “O Mundo Perdido”, de Arthur Conan Doyle, o mesmo de Sherlock Holmes, (dinossauros encontrados em uma ilha e que são levados para a cidade). O novo filme também tem essa base, aliado ao fato de termos o vulcão que vai detonar tudo, que vem da história da “Ilha”. Como todos os filmes da franquia, Reino Ameaçado se baseia na teoria do caos que o Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum, de Thor: Ragnarök) explica em todos os filmes em que apareceu (inclusive nesse). Todos os cinco começam e terminam da mesma maneira. Ou seja, todos começam com boas intenções (o inferno está cheio, né?), aparece alguém mais ganancioso que faz besteira, solta algum carnívoro agressivo, morre um monte de gente, dão um jeito no bicho e os sobreviventes saem traumatizados. Clichês a parte, esse filme tem uma carga emocional maior, pois ele apresenta uma questão sensível, que é o direito dos dinossauros à vida. O que se argumenta é que os dinos são de espécies extintas há muitos milhões de anos e por isso não tem direitos, mas foram recriados pela ganância humana e estão vivos como qualquer outro ser vivo, o que leva a toda uma discussão pela sociedade se devem ser salvos do vulcão ou não.

 

Há mais de um vilão no filme. Um deles é o metido a machão que arrisca um encontro com carnívoros e se dá mal, e outro é o metido a achar que está no controle, quando claramente não está. Na linha do tempo deles, houveram duas situações graves que provaram que não dá para controlar dinossauros, mas esse povo insiste em tentar. Com a criação do Indoraptor ganhamos o vilão mais destemido do filme, criado para caçar e matar, mas incontrolável, obviamente. Há várias situações em que podemos relembrar cenas do primeiro Jurassic Park e do próprio World, o que dá pontos para a nostalgia, mas será que era realmente necessárias? Talvez a maior diferença deste para as outras obras seja a interferência significativa de um dino herbívoro.

 

Quem é que cria essa nova criatura chamada de Indoraptor? O mesmo Dr. Henry Wu (BD Wong) do “Park” e do “World”. O Indoraptor foi criado usando DNA de velociraptores com base nas pesquisas feitas pelo Owen com a Blue e os demais raptores, mas ainda é um protótipo que não estava a venda. No entanto, durante o leilão mencionado lá em cima no texto, as pessoas começam a oferecer muito dinheiro por ele e acaba sendo vendido.

 

O que se pode tirar de conclusão de “Jurassic World: Reino Ameaçado”? Que o fruto nunca cai longe do pé. Ele é como seus antecessores, mas com uma carga dramática maior por levantar questões de quem tem direito a vida em uma situação de desastre natural. Questões ecológicas a parte (fica, talvez, para um próximo post), de resto, ele apela para a nostalgia sem dó e utiliza bastante os animatrônicos. Ou seja, se você gosta dos outros filmes, não vai se decepcionar.

 

 

Jurassic World: Reino Ameaçado estreia dia 21 de junho de 2018, com pré-estreias marcadas para a partir do dia 14 de junho.

 

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