Chris Hemsworth está pela oitava vez interpretando o Deus do trovão Thor, nas produções cinematográficas Marvel. Isto sem contar a animação “What If“, no qual o ator empresta sua voz. Logo, ele é o primeiro personagem a quebrar o padrão de trilogia e tem o seu quarto filme solo.

Em “Thor: Amor e Trovão”, o personagem, que já vivenciou desde guerras no próprio planeta, guerras na Terra, aventuras com os Vingadores, conflitos no espaço a guerras consigo mesmo; está agora em uma jornada bem diferente. Não é o Doutor Estranho no Templo sagrado, para trazer este assunto em especial, mas e sim, é o próprio Thor em uma jornada de…autoconhecimento.

Como o próprio diretor, Taika Waiti, mencionou, em matérias à imprensa: “Eu não acho exagero esperar mudanças em um personagem como Thor. Ele já existe há muito tempo, então há espaço para que ele passe por diferentes fases.”

Uma reflexão bastante interessante! Pois o mesmo vale para nossas jornadas pessoais. Vivemos muitas vidas e uma só e a cada fase há uma constante redescoberta que de quem somos e do que faz sentido naquele momento.

Vejo os personagens do time Vingadores, como um todo, são espelhos de grupos familiares, de trabalhos, de amigos. Espelhos no sentido metafóricos de pessoas tão diferentes e com histórias de perdas, desafios e da construção de suas próprias narrativas, e que por algum motivo de unem e formam um grupo. Os anos passam e as vidas seguem rumos. Alguns grupos pemanecem unidos fisicamente, outros pelo coração e pelas memórias. Porque o que os conectam são os propósitos de cada um, naquele momento.

Às vezes para jornada de alguém faz sentido estar naquela determinada causa, e às vezes com o passar do anos esta mesma pessoa precisa abraçar outras causas. O que não quer dizer que que foi vivido foi esquecido, mas é sempre guardado de alguma forma e faz parte de quem somos no hoje, no agora. Como por exemplo na história da Wanda Maximoff e de Steve Rogers, ambos seguiram rumos diferentes, a parte do grupo. Natasha manteve-se na base dos Vingadores junto a outros personagens. Outros ficam no Standby para quando sua presença for solicidata como Capitã Marvel. E outros perdem o sentido da vida, sentem um vazio interior após tanta dor e que então, então vivendo uma nova história em busca de si mesmos, de um “novo eu”, de novos propósitos, como o Thor.

Ao longo da saga, vimos o crescimento de Thor, desde o filho mimado ao herói ferido que constuiu armaduras em torno de si para esconder dores de suas perdas. Nesta jornada de autoconhecimento, o personagem está soltando as amarras de sua própria e resignificando os sentimentos de situações e pessoas significativas em sua vida.

Uma jornada como esta é muito mais do que um mergulho em si, significa atravesar catarses, encarar dores, chorar verdades, se decepcionar e também não deixa de ser um exercicio de auto amor. De se permitir senti-lo de croação aberto. Muitas vezes por medo de perder algo muito bom, desviamos nossa atenção e nos afastamos. Uma grande amardilha, pois o sábio é viver aqeuele sentimento da forma intensa que o momento permitir.

“As pessoas que você ama dirão exatamente quem você é.”

Amor trovão é um nome bastante apropriado para este filme. Como um lembrete que ao se abrir ao amor, assumilo dentro do coração, eliminando o que te prende, o que trava psico-emocioalmente, de forma cartática, é como um trovão! Tudo associado ao principios, crenças e valores.

Pois aqui também entramos no território das polaridades. O Vilão Gorr também era uma “pessoa qualquer”, pacífica, pacata. O que a raiva associada ao histórico de traumas associadas a perdas dolordas levam? Desespero seguido de vingança? Raiva? Lidar de forma pacífica consciente ou de forma bruta não consciente? Depende do interlocutor da situação, e ai daí que surgem grandes conflitos. Ele está certo? Ele está errado? Me responda você caro leitor! Eu penso que briga nunca é a solução, mas a motivação dele está errada? No cerne do dejeso não, ele só quer sanar suas necessidades básicas e está pedindo ajuda. É estar na base da pirâmide de Marlow longe de sanar as necessidades mais básicas. Durante o sofrimento e desamparo é possível de ocorrer o direcionamento para o lado sombrio. E propício a generalizar a “classe” de quem o causou aquela dor, sem diferencias que nem todos são e agem iguais. Seja por benevolência ou ego ou por escolherem se exilar em um grande palácio fechando ao olhos para as necessidades coletivas de classes menos afortunadas. Um tom de realidade nisso, não é mesmo?.

Não querendo colocar spoiler nestas reflexões, partimos para outra pesonagem que nos surpreendou com um grande desfecho de jornada: Jane Foster, astrofísica, pessoa que estendeu a mão quando Thor caiu na Terra, em seu primeiro filme em 2011, e que se tornou seu grande amor. Esta é, sem duvida, uma personagem interessante e muito inspiradora. De Astrofísica e coadjuvante para uma super heroína, A Poderosa Thor!. E não podemos esquecer que ele é “só uma humana”. Uma pessoa que ganha um determinado poder e precisa aprender a lidar com ele e equilibrar com suas questões bastante humanas. Como Carol Denverns em Capitã Marvel, por exemplo. Não é só o conflito emocional, e moral, é também o físico.

“Não importa o que aconteça, nunca pare de lutar!”

E no fim o que realmente motiva tantas motivações e movementações? O Amor! E ele tem muitas formas. Um companheiro, um filho, um pai, um amigo, uma história, um livro. Ele é a resposta mais pura da alma e todos somos merecedores dele!

“Já me senti perdido por anos, me reencontrei por conta do amor.”

5 cookies a toda esta narrativa fantástica associada a belas cores, figurinos, efeitos e música!