Durante anos acompanhei a saga de Fox Mulder e Dana Scully em busca da verdade. Por ser mais nova na época, passei noites com medo dos bichinhos verdes fosforescentes me atacarem e me envolverem em um casulo, de mutantes arrombarem a porta de casa ou de me encontrar com uma criatura do espaço. Quando mais velha, fiquei assistindo a maratonas intermináveis das nove temporadas enquanto estava de férias. Virei uma pessoa mais feliz no dia em que li que seria feito um segundo filme de Arquivo X. Toda semana via novas fotos das filmagens e procurava me informar mais sobre a trama. No dia de estreia, a ansiedade chegou ao êxtase e fui assistir ao tão esperado filme no cinema. Com um milkshake na mão, a felicidade foi aumentando enquanto lia David Duchovny e Gillian Anderson na tela. Assim como a felicidade veio, foi embora.

Diferente dos episódios da série, o filme é parado e em partes chega a ser monótono. Scully está chata e Mulder idiota. As cenas dos dois trabalhando juntos são poucas. O filho que Scully teve no final da série é citado em duas frases e nunca mais. Amanda Peet, que achei que faria um papel legal, quase não tem importância. E, de extraterrestres e OVNIS que é bom, nada. A trama é sobre alguns médicos/psicopatas russos (novidade) que estão fazendo experimentos com seres humanos. Seria bom para um episódio de meio de temporada, seria bom para um filme com atores menos conhecidos, mas definitivamente não é nada bom para um filme de Arquivo X. Essa seria a oportunidade perfeita para fechar melhor o seriado ou para fazer uma história independente muito legal. Era a chance de fazer com que as pessoas mais novas, que nunca tinham visto as temporadas, se interessassem na história e fossem procurar a série. Chris Carter nos deixou na mão.

A verdade está lá fora…infelizmente.