Após 10 anos de história, 18 filmes no currículo e muitas teorias circulando a internet, Vingadores: Guerra infinita é o verdadeiro ápice da Marvel nos cinemas.

Todos os personagens foram amplamente desenvolvidos nos longas anteriores, por isso o roteiro tem o foco principal no background e motivações do vilão Thanos, logo nos 5 minutos iniciais, o titã louco acompanhado de sua Ordem Negra, já mostra toda a sua presença e o tom sombrio que veríamos pelo resto do filme.

Roteiro esse que foi escrito com maestria, ele prende a sua atenção a cada cena, o tempo voa e você simplesmente não percebe que se passaram mais de 2 horas e meia quando os créditos finais aparecem. A grande maioria dos personagens tem o seu tempo de tela de forma equilibrada e ver a interação dos núcleos estabelecidos nessa trama é simplesmente incrível.

Caso você esteja preocupado com a tal da “formula Marvel”, não se preocupe, as piadas têm um bom timing (Ao contrário do que vimos em Vingadores: Era de Ultron) e dessa vez temos reais consequências que podem chocar muitos espectadores, a lista de personagens mortos realmente espanta e os que sobreviveram não saíram ilesos. A sequência dos acontecimentos associados à trilha sonora são de acelerar os batimentos cardíacos! Um filme muito mais denso do que os anteriores da saga Vingadores.


Os quesitos técnicos são excepcionais, o CGI é muito bem trabalho, quando se trata das expressões de Thanos e super poderes o resultado espetacular, a trilha sonora é impecável e faz boas referências aos filmes anteriores como a “Go for Baroque” de Michael Giacchino do filme Doutor Estranho (2016), ou as batidas de talking drums do tema do Pantera Negra (2018) composta pelo Ludwig Göransson. Além belos efeitos efeitos especiais e bela trilha sonora, podemos também apreciar a fotografia do filme. A mesma prioriza tons mais escuros e muito menos vibrantes comparados com os filmes anteriores; para combinar com clima de tensão. Percebemos não apenas nas cenas mas também nos uniformes dos heróis e nos trajes dos demais personagens. Exceto em alguns matriais gráficos como Posters de divulgação e brindes de cinema, cuja palheta de cores se aproxima do multicolorido de Thor: Ragnarok.

Um exemplo: pensem no primeiro filme dos Vingadores, em como toda obra como material gráfico associado carrega cores claras, vibrantes e contrastantes, com muitos esquemas de cores opostas para enfatizar os tons que eram visto nos quadrinhos, assim como nas animações para televisão. Em Vingadores: Era de Ultron (2015) esta palheta de cores deu leve escurecida, seguida por Capitão América: Guerra Civil (2016) (que é quase um Vingadores 3 mas em 2016) e mais ainda Vingadores: Guerra Infinita (2018), com muitos cinzas, marinhos e sombreados, no filme, exceto em materiais gráficos como mencionamos anteriormente.


Os diretores Joe e Anthony Russo são o carro chefe da Marvel Studios, e mostraram que sabem como mesclar cenas de ação, drama e comedia, além de usaram as Joias do Infinito de maneira muito criativa; e por último, mas não menos importante, as atuações são admiráveis! Afinal de contas temos uma seleção de grandes atores aqui e não podemos deixar de mencionar com destaque o trabalho do ator Josh Brolin que foi excepcional representando o vilão Thanos. Se for para citarmos algum ponto negativo, talvez diríamos que Guerra Infinita é um filme muito inchado e com pouco tempo de descanso entre as grandes cenas, mas isso é questionável pois o censo de urgência estabelecido na trama pede isso, caso contrário teríamos um filme com mais de 3 horas. Vingadores é um filme essencial para fãs da Marvel e Quadrinhos em geral, porém pode assustar e de repente constranger o público infantil e pessoas mais sensíveis.

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