Fruto de uma extensa e agradabilíssima maratona, mergulhando prazerosamente sobre todos os animes de longa-metragem lançados pelo mais prestigiado e influente estúdio de animação da Terra do Sol Nascente, o Studio Ghibli, estas obras tão profundas e poéticas que encantam multidões ao redor do mundo, desde antes mesmo da fundação oficial da empresa em 1985 até a produção que encerrou a sua fase clássica em 2014, é com imensa satisfação que apresentamos, portanto, todos estes 22 filmes, listados e comentados, neste super especial Dossiê Studio Ghibli do Serial Cookies!
A Tartaruga Vermelha, de 2016, não entrou nesta lista por se tratar de uma coprodução intercontinental entre o Ghibli a produtora francesa Why Not Productions, com direção do animador holandês Michaël Dudok de Wit e cuja proposta e estilos visual e narrativo são predominantemente europeus (inclusive é outro longa que também merece ser visto). E até o momento desta publicação, ainda não foi lançado oficialmente no Brasil Aya e a Bruxa, com direção de Gorō Miyazaki, o primeiro filme Ghibli realizado em CGI3D, a ser disponibilizado em breve no catálogo da Netflix. Ainda, neste exato momento, o mestre Hayao Miyazaki, cofundador do estúdio, está trabalhando no projeto que o tirou da aposentadoria que ele mesmo havia anunciado em 2013. How Do You Live tem previsão de estreia para 2023.
Este ranking nada mais é do que a humilde opinião deste que vos escreve. Cada expectador poderá gostar mais ou menos de uma ou outra obra com base em sua própria experiência de vida, e isso é perfeitamente normal! Portanto, participe, comente com a gente em nossas redes sociais e diga-nos quais são os seus filmes favoritos do Studio Ghibli! Então, sem mais delongas, vamos ao…
Ranking de todos os longas-metragens lançados até agora pelo Studio Ghibli, do 22º ao 1º, na avaliação do Serial Cookies
22º – Contos de Terramar (2006)
Dir: Goro Miyazaki
Em seu primeiro longa como diretor, Goro Miyazaki, filho de Hayao, adaptou livremente a famosa série de livros de fantasia Ciclo de Terramar, iniciada em 1968 e escrita pela norte-americana Ursula K. Le Guin (que não gostou do que viu na tela). O filme é irregular, com uma trama desconexa, e que não emociona como os demais. Ao menos as imagens são belas.
21º – Pom Poko-A Grande Batalha dos Guaxinins (1994)
Dir: Isao Takahata
Baseado no folclore japonês, acompanha guaxinins transmorfos se unindo (em alguns momentos, literalmente) para evitar que a floresta em que vivem seja invadida pela urbanização e se transforme em um condomínio residencial. Isao Takahata, o outro cofundador do Ghibli (ao contrário de Hayao, Isao não é ilustrador), conduz uma narrativa que pouco tem a ver com seu estilo mais melancólico e realista de contar histórias, nesta produção que, embora traga uma relevante abordagem ecológica, se mostra pouco carismática se comparada às obras-primas que ele dirigiu e que veremos adiante.
20º – Porco Rosso-O Último Herói Romântico (1992)
Dir: Hayao Miyazaki
O herói-título é um piloto italiano que se vê transformado em um “homem-porco”, em aventura que se passa nas imediações do Mar Adriático, no período entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. Envolve uma das maiores e mais recorrentes paixões de Miyazaki: a aviação, uma vez que seu pai fora engenheiro aeronáutico. Embora possua temas nobres, prezando pela paz entre as nações, o resultado final nos dá a sensação de que o estilo do cineasta alcança níveis maiores de plenitude em histórias que envolvam protagonistas femininas.
19º – Meus Vizinhos, Os Yamadas (1999)
Dir: Isao Takahata
É composto por uma série de sketches de humor envolvendo a família que dá nome ao filme. O estilo da animação é demasiadamente simplista, assim como o do mangá em que foi baseado, e esses traços básicos combinam perfeitamente com a proposta leve e descompromissada do longa que, em contrapartida, foi a primeira animação digital do estúdio, o que fica evidente em algumas sequências mais “surrealistas”. Esta divertida celebração da união em família apresenta as mais diversas situações com as quais todos devem se identificar, principalmente os que viveram os anos 1980 e 1990. E ainda conta com um cômico número musical ao som da famosa canção “Que Será, Será”, utilizada pela primeira vez lá em 1956, no clássico O Homem Que Sabia Demais, de Alfred Hitchcock. Curiosidade: a filha do casal “nasce” de um bambu, semelhante ao que foi visto em O Conto da Princesa Kaguya, também dirigido por Takahata.
18º – O Castelo No Céu (1986)
Dir: Hayao Miyazaki
A princesa que acompanhamos nesta trama apresenta uma postura mais passiva em relação às outras protagonistas que conheceríamos nos longas posteriores do estúdio, muito mais cheias de atitude. Contudo, nesta que foi a primeira produção oficial Ghibli, o potencial para grandes criações já é notório. Destaque para as lindas imagens do castelo flutuando por entre as nuvens. Algumas raposas-esquilo, da mesma raça da vista em Nausicaä do Vale do Vento, também aparecem aqui, gerando teorias dos fãs, mas foi só o diretor reaproveitando o conceito, da mesma forma que aqueles espíritos fofinhos em formato de pom pom que aparecem em Meu Amigo Totoro e em A Viagem de Chihiro.
17º – Eu Posso Ouvir o Oceano (1993)
Dir: Tomomi Mochizuki
Feito para a TV, e com orçamento pretensamente menor, foi o primeiro anime Ghibli que não teve nem Miyazaki nem Takahata na direção. Foi uma espécie de laboratório, oportunidade dada pelo estúdio para que seus novos escritores e ilustradores se exercitassem e se aprimorassem. Afinal, tudo na vida precisa de um início… Enquanto isso, os mestres se concentravam em seus grandiosos projetos seguintes. Tendo como base uma light novel, esta discreta, porém interessante narrativa se concentra no cotidiano estudantil urbano de um grupo de amigos e o impacto que uma nova aluna desperta em suas vidas. A proposta aqui é um pouco mais realista, sem, com isso, deixar de ser lúdica.
16º – O Reino dos Gatos (2002)
Dir: Hiroyuki Morita
Esta despretensiosa produção torna-se ainda mais divertida se o expectador gostar de gatos (felinos), pois nos apresenta a uma menina que salva um gato de ser atropelado e, por isso, é “recompensada” com uma proposta de se casar com ele, e morar em seu reino! A pequena estátua de um felino de fraque vista em Sussurros do Coração reaparece aqui, desta vez, como um personagem “real”.
15º – O Mundo dos Pequeninos (2010)
Dir: Hiromasa Yonebayashi
Releitura do clássico da literatura infantojuvenil The Borrowers, da britânica Mary Norton, publicado em 1952. Amizade, confiança, uma pitada de melancolia e outra de poesia nesta história sobre pessoas “diferentes” vivendo num mesmo espaço e o conceito de que, independentemente dessas diferenças, ambos têm os mesmos direitos, e poderiam muito bem conviver em harmonia, algo a ser celebrado quando a humanidade tiver maturidade para entender isso.
14º – Memórias de Marnie (2014)
Dir: Hiromasa Yonebayashi
O romance When Marnie Was There, da também britânica Joan G. Robinson, lançado em 1967, é revisitado neste que foi o último filme da fase clássica do estúdio, que daria um tempo após mais um anúncio de aposentadoria de Miyazaki que, como sabemos, e ainda bem, mudou de ideia poucos anos depois. Este anime é… uma história de fantasmas? Ou a garota que é vista na janela de um casarão é fruto da imaginação da outra garota que a vê? Introspecção, amizade, e o uso metalinguístico da pintura ilustrando a beleza da paz interior, que pode ser extravasada no amor à família e no respeito às suas gerações. Ideal para quem curte abordagens contemplativas.
13º – Da Colina Kokuriko (2011)
Dir: Gorō Miyazaki
O melhor filme, até agora, dirigido pelo filho do chefe, talvez pelo fato de que esta adaptação de um mangá tenha tido seu pai como co-roteirista! Ambientado na Tóquio às vésperas das Olimpíadas lá realizadas em 1964, aborda estudantes que se unem para evitar a demolição do antigo prédio que eles utilizam como sede de seus vários clubes estudantis. Também há espaço na trama para um romance entre o jovem casal de protagonistas a lá novela mexicana (mas com o selo de qualidade Ghibli). E os desdobramentos políticos que a narrativa apresenta nos mostram que o povo, quando se une, é capaz de realizar grandes feitos.
12º – Ponyo-Uma Amizade Que Veio do Mar (2008)
Dir: Hayao Miyazaki
Levemente inspirado no conto de fadas A Pequena Sereia, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, e cuja primeira publicação data de 1837, esta produção também bebeu um pouco da fonte da famosa animação da Disney, e por que não? Há ainda um conto do folclore japonês de meados do século VIII que possui elementos em comum com este anime bem animado. A amizade inocente da menina-peixe com o menino que mora com sua mãe no alto de uma vila costeira é mostrada com muito dinamismo e de maneira contagiante, abordando temas essenciais: ecologia, família e escolhas.
11º – Memórias de Ontem (1991)
Dir: Isao Takahata
Assim como Eu Posso Ouvir o Oceano, este é outro anime que traz uma abordagem mais calcada na realidade, e desta vez com toda a sensibilidade melancólica de seu diretor Takahata. Moça da cidade redescobre o amor pela vida no campo. Detalhes do cotidiano como um simples ato de cortar um abacaxi (sério!) são mostrados com extrema simplicidade e beleza… como a vida deve ser, e pode ser.
10º – Princesa Mononoke (1997)
Dir: Hayao Miyazaki
Grande sucesso de bilheteria no Japão, esta primorosa produção, com suas 2h15m de duração, é a obra mais badass de Miyazaki, com sua protagonista violenta e selvagem, literalmente com sangue nos olhos, dando voz à floresta que protege, em meio a mais uma guerra em que ambos os lados acham que estão certos, e cada um deles tem seus argumentos. O duelo entre capitalismo Vs. espiritualidade ganha espaço neste que é um dos filmes mais cultuados do estúdio.
09º – Sussurros do Coração (1995)
Dir: Yoshifumi Kondō
O único longa do nosso Top 10 que não teve direção de Miyazaki nem Takahata também foi o único dirigido por Kondō, que viria a falecer em 1998. Baseado em um mangá, nos traz uma menina aspirante a escritora, um menino violinista, um amor juvenil, sonhos com um gato falante (aquele mesmo, de O Reino dos Gatos) e uma marcante sequência musical reinterpretando a canção “Take Me Home, Country Roads”, lançada em 1971 por John Denver, em mais um sublime anime sobre os anseios da juventude.
08º – Túmulo dos Vagalumes (1988)
Dir: Isao Takahata
Adaptado de um conto semi-autobiográfico do escritor Akiyuki Nosaka publicado em 1967, somado às experiências vividas pelo próprio Isao Takahata, que tinha 10 anos quando a Segunda Guerra Mundial acabou, este não é apenas um dos animes mais tristes, mas um dos filmes mais tristes da história do cinema, mostrando as consequências do conflito para os japoneses, arrasados economicamente e moralmente. O povo de uma nação não tem culpa das atitudes incoerentes e alianças insensatas feitas por seus governantes em um período de contendas. Prepare o lencinho para chorar de emoção com a comovente luta de um garoto e sua irmãzinha para sobreviverem em meio aos destroços de uma guerra perdida. A sublime mensagem que Takahata nos deixa nesta sua obra-prima: solidariedade e amor ao próximo.
07º – Vidas ao Vento (2013)
Dir: Hayao Miyazaki
A maior declaração de amor de Miyazaki pela aviação. Tendo como base o seu próprio mangá, que adapta a história real do pacifista e sonhador engenheiro aeronáutico Jiro Horikoshi, cujo avião que projetou acabou se tornando, ao contrário do que ele gostaria, modelo para caças aéreos utilizados pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial, este poético filme também acrescenta um par romântico ficcional para o protagonista. A garota é inspirada na personagem do romance conhecido no Ocidente como The Wind Has Risen, de Tatsuo Hori, lançado em 1937, e ambientado em uma clínica hospitalar, onde ela recebe tratamento. O roteiro soube costurar cirurgicamente estas duas tramas, fazendo surgir uma nova e belíssima narrativa antibelicista, na qual a frase abaixo, extraída de um famoso poema, ganha uma profundidade ainda maior:
“O vento se levanta, devemos tentar viver!”
– Le Cimetière Marin, 1920, do poeta francês Paul Valéry.
06º – O Serviço de Entregas da Kiki (1989)
Dir: Hayao Miyazaki
O romance de fantasia homônimo escrito por Eiko Kadono e publicado em 1985 é deliciosamente adaptado neste empolgante anime que embala as aventuras e desventuras da bruxinha Kiki que, segundo a tradição das bruxas, ao completar 13 anos, precisa passar uma temporada fora de casa para começar a aprender a se virar sozinha. A bordo de sua vassoura, e acompanhada de seu gatinho falante, Kiki vai descobrir que crescer em uma cidade grande e estranha não é nada fácil! Mudança de casa, cuidar da limpeza do próprio quarto, ir ao mercadinho e resistir às tentações porque não pode gastar muito, fazer novas amizades, coisas aparentemente simples da vida, mostradas ao mesmo tempo com leveza e maturidade. Adorável alegoria da transição para a vida adulta.
05º – O Castelo Animado (2004)
Dir: Hayao Miyazaki
O romance de fantasia juvenil Howl’s Moving Castle, da escritora britânica Diana Wynne Jones, lançado em 1986, é revisitado de maneira admirável. A jovem Sophie é transformada em uma senhora idosa por uma bruxa invejosa. Detalhe: o feitiço inclui que ela não consiga contar a ninguém sobre ele. Então, ela passa a morar em um castelo ambulante na esperança de que o bruxo que lá vive consiga desfazer essa magia. Aqui temos novamente a dubiedade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus. Há ainda a alegoria do coração, físico ou metafórico, que expõe personalidades e sentimentos que todos nós possuímos e desenvolvemos, como a compreensão e a tolerância. Outro festival de cenas panorâmicas lindíssimas, em uma trama que ainda aborda a também recorrente inutilidade das guerras e o quanto a paz, mediante algumas pitadas de bom senso, poderia ser tão fácil de se alcançar.
04º – O Conto da Princesa Kaguya (2013)
Dir: Isao Takahata
Com 2h17min, o longa mais longo do estúdio é outra animação de traço diferenciado, ora rústico, ora detalhado, e que consegue nos deixar maravilhados. Algumas das imagens são verdadeiras pinturas. É uma releitura de um famoso e antiquíssimo conto do folclore japonês, de meados do século X. Um humilde camponês acha uma princesa miniatura dentro de um bambu. Ele e sua esposa a adotam e farão de tudo para torná-la, em sua vida adulta, feliz. Afinal, da mesma fonte também brotaram… pedrinhas de ouro. Se mudam para a capital e redefinem seus estilos de vida. Só que, dinheiro… não traz felicidade. Último filme de Takahata, que nos deixou em 2018. Este sensível drama que começa tão feliz e vai adquirindo contornos mais e mais melancólicos à medida que se aproxima de seu final, nos faz pensar sobre conservadorismo Vs. liberdades de escolha, emancipação e a celebração da alegria de uma vida simples no campo, em contato com a natureza, com os verdadeiros amigos e com tudo o que pode tornar uma pessoa, de fato, feliz!
03º – Meu Amigo Totoro (1988)
Dir: Hayao Miyazaki
Em 1947, Quando Miyazaki tinha apenas seis anos, sua mãe precisou ser internada para tratamento de tuberculose, permanecendo no hospital por meses. Ela se recuperou e viveu muito tempo depois disso. Hayao resgatou essa sua experiência de infância neste filme repleto de elementos lúdicos, pitorescos, fabulosos e alegres. Pois durante dois terços do longa, quase não há “conflito”, e isso é sensacional, nos permitindo saborear tão agradavelmente esta narrativa cheia de vida. Foi lançado no Japão exatamente no mesmo dia de Túmulo dos Vagalumes, decisão fruto da saudável rivalidade que havia entre os sócios Hayao e Isao. Duas obras extremamente opostas! Aqui o tom que predomina não é outro senão o de alegria, enquanto apreciamos o simples, mas feliz estilo de vida rural das duas pequenas irmãs e o pai delas. Pouco a pouco, espíritos da floresta vão aparecendo, sejam minúsculos ou gigantescos, culminando em uma cativante história de fantasia, que fortalece ainda mais os laços familiares dos personagens. Sem dúvida uma das produções mais marcantes do estúdio. O Totoro foi promovido a mascote do Ghibli, e ficou tão popular a ponto de sua imagem ilustrar os mais diversos produtos franqueados, sendo vendidos até os dias de hoje aos milhões por todo o planeta.
02º – Nausicaä do Vale do Vento (1984)
Dir: Hayao Miyazaki
Temos uma análise completa só sobre este filme aqui no Serial Cookies! Marco Zero do Studio Ghibli, a ficção-científica distópica e pós-apocalíptica Nausicaä do Vale do Vento é fruto do sucesso do mangá homônimo escrito e ilustrado pelo próprio Myiazaki e publicado dois anos antes. É lindo demais ver o quanto Nausicaä preza pela harmonia do ecossistema e ama todos os seres vivos, sejam as plantas, os bichinhos fofinhos, como a raposa-esquilo, ou os besouros gigantes, possuidores de muito mais sensibilidade do que aparentam ter. Amizade, solidariedade, compaixão, amor aos animais e preservação da Natureza. Difícil não se emocionar com este épico. Temos muito a aprender com Nausicaä, a representação máxima de seu criador, uma princesa de um vale cujo maior desejo é a paz.
01º – A Viagem de Chihiro (2001)
Dir: Hayao Miyazaki
Vencedora do Oscar de Melhor Animação de 2003, a obra-prima de Miyazaki foi a que o tornou, bem como o Studio Ghibli, conhecidos de vez no mundo inteiro. Este prêmio, assim como tantos outros que ganhou, foram merecidíssimos. A animação em si é de um primor técnico estupendo, recheado de detalhes que, somados à narrativa, o tornam um dos filmes mais japoneses do estúdio, pois mergulha fundo no folclore do Oriente, repleto de reverências, representações, espíritos, tradições, bruxas, dragões. Também possui alegorias ao capitalismo, ao consumismo, à vaidade… E ainda conta com algumas das mais belas cenas contemplativas já desenhadas pelo mestre Hayao, como a casa de banhos vista à distância toda iluminada à noite, ou aqueles dois vagões de trem solitários percorrendo os trilhos sobre as águas. Tudo embalado pela música sempre magistral de Joe Hisaishi, que compôs trilhas sonoras para todos os longas de Miyazaki no Ghibli. É uma obra riquíssima, no visual e no conteúdo. Primorosa animação que nos apresentou a encantadora história de amadurecimento da pequena Chihiro.
Ufa! Este foi, portanto, o nosso ranking Ghibli! E pra você, quais os melhores filmes do estúdio? Comente em nossas redes sociais, diga-nos quais são os seus favoritos, quais deles você já viu, quais você mudaria de posição no ranking, enfim, vamos interagir sobre o mundo mágico de Hayao Miyazaki & Cia.
E tem mais! Fomos convidados pela nossa amiga Carolina Cavalcanti Pedrosa para participar de um episódio temático do Cabine do Filme, programa promovido pelo Podcast Rabiscos. O tema? “ Studio Ghibli: a sensibilidade japonesa para contar histórias em animes ” . Foi um bate-papo super legal, que você também pode conferir clicando na imagem abaixo!
Até o presente momento, a Netflix detém os direitos de exibição no Brasil de (quase) todos os animes de longa-metragem do fascinante acervo do Studio Ghibli. Então, aproveite esta oportunidade para ver e/ou rever estas obras maravilhosas, frutos do carinho e da dedicação deste tão diferenciado estúdio nipônico de animação, compromissado em nos contar histórias poéticas que nos emocionam, nos comovem e nos fazem pensar sobre nossas próprias vidas, nossa relação com o próximo, com a Natureza, e a nossa constante busca por uma paz que, sim, pode ser alcançada, mediante nossas atitudes fundamentadas no amor.