13 de Julho, Dia Mundial do Rock N’ Roll! Com a data vêm a vontade de curtir vinil, passando pelo CD às plataformas de música online. Dia do Rock é um dos momentos para a vestir aquela camiseta de banda, jaqueta de couro e sair cantarolando (não que isso já não seja comum no dia a dia, mas agora com um gostinho especial!). E para ir além disso, é também a oportunidade de curtir filmes com bandas, músicos, muitos acordes enérgicos e dedilhados marcantes!

Para esta celebração musical, trago um Top Cookies com uma seleção de filmes que têm como temática principal o dia de hoje! Descansem seus cases, peguem sua pipoca e aumentem o som! Bora? Lets’ Rock!

5 – The Runaways – Garotas do Rock

Runaways foi a primeira banda de rock formada por mulheres, liderada pela guitarrista e cantora, mega famosa, Joan Jett. Se vocês nunca ouviram falar no nome Joan Jett, com certeza já ouviram “I Love Rock N Roll“, pois é a “Jo” arrasando no cenário musical. Está ativa até hoje, e é a responsável pela versão mais ouvida e cantarolada desta música, que foi lançada após o Runaways com a sua banda Joan Jett and the Blackhearts.

Joan Jett and Blackhearts passaso x presente

O filme foi lançado em 2010 e dirigido por Floria Sigismondi, também diretora de “Demolidor“, da temporada de 2016 na Netflix, e do clipe “E.T.” de Katy Perry e Kanye West em 2011. Conta como a banda foi formada e gira em torno da perspectiva de Joan Jett, interpretada por Kristen Stewart (que incrivelmente não está parecendo a Bella do Crepúsculo) e Cherrie Currie, a vocalista da banda interpretada por Dakota Fanning, que na época gerou um pouco de preocupação nos fãs pelo fato de uma atriz tão jovem interpretar cenas “fortes” que pudessem mexer com o seu psicológico. As atrizes no geral estão muito fiéis tanto visualmente como na performance.

Banda x Atrizes

Um dos pontos altos do filme foi a reconstrução da apresentação da música “Cherry Bomb“, da turnê no Japão em 1977. Tanto na parte musical quanto visual/figurinos e fotografia. Mulheres fazendo rock e arrasando! Veja abaixo a comparação da apresentação real e do filme.

Versão orignal de “Cherry Bomb” no Japão – 1977
Versão de “Cherry Bomb” no filme – 2010


4 – Bandslam

Bandslam, que no Brasil ganhou a tradução de High School Band, pelo fato de ter no elenco Vanessa Hudgens que na época estava com a carreira em alta por conta de Hight School Musical. De 2009 também conta no elenco mais uma atriz Disney – Aly Michalka. O protagonista Will Burton (Gaelan Lan) e sua mãe Karen Burton (Lisa Kudron, a Phoebe de Friends) dão o tom de perseverança na história. O filme gira em torno de uma batalha de bandas entre escolas, o Bandslam, cuja premiação é um contrato real com uma grande gravadora. Will Burton é um grande fã de David Bowie e escreve diariamente e-mails para ele contanto sobre o seu dia, e todos os problemas de ser adolescente.

Will sofreu uma perda grande que impacta fortemente em sua vida, mas a sua válvula de escape é o Rock, a música e tudo que há de envolvimento com ela. Ao mudar de cidade e colégio ele se envolve com o Bandslam como produtor, consultor e ajudante. A mistura resultante é muito interessante, pois tem um quê de rock diferente, com apoio de metais como trompete, corneta, saxofone e violoncelo, que são instrumentos de orquestras, jazz e bandas marciais, tanto nas versões de músicas já existentes quanto nas criações originais para o filme.

” Everything I Own” – Versão I Can’t Go On, I’ll Go On”
” Amphetamine” – I Can’t Go On, I’ll Go On

É uma história leve que teve bandas e músicas inéditas especialmente criadas para o filme. Algumas canções são bem viciantes e a trilha sonora é muito gostosa de ouvir. O destaque fica com as performances de Charlotte (Aly) e Sa5m (o 5 é mudo) (Vanessa). Outro ponto legal é a visita ao CBGB (sigla para Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers), um clube de música estadunidense que recebeu em seus palcos bandas em início de carreira que vieram a ser consagradas como The Police, Blondies e Ramones. Mas o supra sumo é a participação do próprio David Bowie fazendo uma pontinha muito significativa para o desfecho do filme.

David Bowie <3
“Someone to Fall Back On” – I Can’t Go On, I’ll Go On

3 – Bohemyan Rapshody

O filme que deu a Rami Malek no início do ano o Oscar de melhor ator, conta a história da banda britânica Queen. Desde os tempos do Grupo Smile, até o épico Live Aid de 1985, e com o foco na vida do vocalista Freddie Mercury. Alguns acontecimentos foram alterados, incomodando fãs mais tradicionais, mas sem perder o brilho do filme que buscou encaixar os fatos da melhor forma possível na narrativa do filme.

O longa apresenta clássicos marcantes da banda, além de mostrar bastidores da criação de diversas de suas obras de artes. Algumas canções presentes são “Somebody to Love“, “Don’t Stop Me Now“, “Who Wants to Live Forever“, “Another One Bites the Dust“, “We Will Rock You“, “We Are the Champions“, “Killer Queen“, e claro, “Bohemian Rhapsody“. Além da excelente performance de Rami como Freddie, não há como não destacar Gwilym Lee, no papel do Brian May, que conseguiu passar ao público até o olhar e pequenos detalhes do artista.

Don’t Stop Me Now“, “Who Wants to Live Forever“, “Another One Bites the Dust“, “We Will Rock You“, “We Are the Champions“, “Killer Queen“, e claro, “Bohemian Rhapsody“. Além da excelente performance de Rami como Freddie, não há como não destacar Gwilym Lee, no papel do Brian May, que conseguiu passar ao público até o olhar e pequenos detalhes do artista.

Queen x Elenco

O filme conta com vários momentos marcantes na carreira deles como a “Love Of My Live” no Brasil, os bastidores do clipe “I Want To Break Free“, as festas extravagantes de Freddie e a famosa gravação dos inúmeros “galileos”. O ponto alto do filme no pacote produção + fotografia + figurino + atuação fica com a réplica quase que 100% perfeita do Live Aid. Confira um vídeo comprativo entre passado e filme para perceber como toda produção foi minuciosamente cuidados nos detalhes de cada ângulo de cena:

Live Aid 1985 x Filme

2 – Rocketman

Filme recém lançado (2019) – confiram a nossa crítica nesse link – que trata da carreira do músico britânico Elton John. O filme é conduzido no formato de um musical passando pela vida e início da carreira do artista. Com muitas cores, Rock e melodias envolventes, passeamos pelas lembranças de Elton John de forma lúdica aos olhos dele de forma que se assemelha a uma consulta ao Psicólogo/Terapia/uma conversa com ele mesmo. Com Taron Egerton (Kingsman) no papel do protagonista, a trama mostra a transformação de Reginald em Elton. Suas caídas e ascensões, descobertas e reconhecimentos, e em especial, um bate papo com a versão dele mesmo criança, aos primeiros momentos que descobriu a música.

Algumas parcerias também estão presentes no roteiro como a de Elton e do compositor Bernie Taupin (Jamie Bell) que dura até hoje! Um filme musicalmente super viciante de tão interessantes que ficaram as versões na voz de Taron Egerton e todo um “up” musical nos acordes. Esse filme ainda dá para ver no cinema e com certeza será um dos grandes destaques do Oscar do ano que vem! Quanto a caracterização, Egerton está igual ao Elton! Do cabelo ao figurino e no jeito de se portar. Excelente escolha da produção, sem contar que o ator cantou, dançou e gravou uma música inédita com Elton especialmente para celebrar a obra: (I’m Gonna) Love Me Again.

Elton John & Taron Egerton

E o que dizer da versão em especial da canção que leva o nome do filme? Não sei o que dizer, só sentir! Vem apreciar comigo:

1 – Escola do Rock

O filme, de 2003, dirigido por Richard Linklater, escrito por Mick White, e estrelada por Jack Black, é uma comédia musical que conta a história de Dewey Finn (Jack Black), um cantor e guitarrista de Rock que é demitido de sua banda, e que assim, sem renda para o seu aluguel, se disfarça como professor substituto em uma prestigiosa escola preparatória, passando a dar aulas de música escondidas da instituição para vencer a próxima Batalha de Bandas da cidade e então pagar o seu aluguel.

As diversas referências musicais, o espírito cômico da história junto com a atuação excêntrica de Jack Black fizeram um enorme sucesso com o público jovem se tornando um clássico da cultura pop dos anos 2000.

Importante destacar que Jack Black, além de ator, é músico, sendo cantor, compositor e guitarrista, o que certamente influenciou positivamente na direção do filme, dado o seu conhecimento na área musical. Ainda, todas as crianças, apesar de não serem atores profissionais, atuam bem e parecem ter se divertido bastante nas gravações, o que torna tudo muito mais natural e bem aproveitado. Vale destacar que todas elas realmente tocam seus instrumentos e algumas, como seus personagens, tiveram que aprender o que é o rock e como tocá-lo, já que conheciam apenas músicas clássicas.

O filme apresenta, em sua essência, uma referência ao filme Sociedade dos Poetas Mortos, onde mostra um professor revolucionário, com pensamentos modernos, em uma escola conservadora e rígida. Também faz referência ao maior sucesso da banda de rock inglesa Pink FloydAnother Brick in the Wall, onde os alunos, presos a regras intensas, utilizam-se da rebeldia para se libertar do sistema escolar. A rebeldia foi, durante muito tempo, marca fundamental do rock ‘n roll. Em dezembro de 2015, um musical foi encenado na Broadway e em março de 2016, foi lançada uma série de televisão no canal Nickelodeon.

Ned abre a própria escola de música para crianças

Sem dúvidas, Escola do Rock vale muito a pena ser assistido e reassistido várias vezes, sendo um excelente filme pipoca-musical para todas as horas!

Menção honrosa – Tenacious D: Uma Dupla Infernal.

É um filme normalmente citado quando se trata de música e Rock n’ Roll. Essa excêntrica aventura de Jack Black, de 2006, não poderia ficar de fora.

A trama é a fusão de uma comédia maluca, satírica e até vulgar com um musical de Rock n’ Roll que conta a história de JB (Jack Black), um garoto reprimido pelos pais devotos por ouvir música satânica, o Rock, e que por isso foge de casa, encontrando o músico fracassado KG (Kyle Gass) que promete transformá-lo em um verdadeiro rockstar, mas que acabam descobrindo a fonte de fama e fortuna dos grandes astros do Rock: a Palheta do Destino, que, é claro, é um artefato do próprio diabo.

O filme debocha dessa ideia de que o Rock é algo satânico, apresentando músicas bem criativas, tanto nas letras, abordando temas como a puberdade da dupla, suas proezas sexuais, amizade e o uso de cannabis, quanto na composição musical, com solos e melodias muito boas. Jack Black arrasa no vocal, além de sua boa e inusitada atuação, junto com os fantásticos solos de Kyle Gass no violão. Ainda há aparições de renome, como Dave Grohl, Tim Robbins, Ronnie James Dio e Ben Stiller.

Apesar de muito bem lembrado pelos amantes do Rock neste destaque fonográfico, o filme não explodiu, recaindo mais sobre um nicho cult. Seu custo foi de cerca de $ 20 milhões junto a $ 40 milhões em custos de mercado estimado, tendo arrecadado cerca de $ 8 milhões nos Estados Unidos e Canadá, e cerca de $ 13 milhões em todo mundo.

Fiquem com o gostinho de uma das músicas piradas do filme, a Master Exploder: